Rua e escola caminhos de vida

Existe um ditado que diz: "A rua é uma excelente escola".

Paremos um pouco para analisar essa frase... Bom, se a rua realmente fosse essa escola de vida, teríamos milhares de graduados, mestres e até doutores espalhados em cada esquina, nas praças, nos viadutos, nos pontos de prostituições, enfim, teríamos tantos letrados quanto temos olhares famintos e marginalizados.

Se a rua é uma escola,vivemos em uma eterna contradição, pois o que se ver são pessoas que nem se quer sabem escrever seu próprio nome. Que vive uma realidade escabrosa, cercada de gigantescas ignorâncias e um nível de conhecimento que estar bem longe da realidade de uma pessoa instruída, formada ou dotada de saberes.

A rua até pode ser uma escola, mas uma escola diferente, uma escola onde o aprender a se defender é questão de sobrevivência, onde cada dia é uma luta para se viver, onde a insistência e a perseverança são pontos fundamentais para se passar cada novo dia, onde o acreditar passa a ser a única razão de ainda estar vivo ou, onde se aprende a ser cara de pau em continuar lutando para permanecer no mundo tendo como última esperança que o novo dia seja melhor do que o dia se findou.

Não chamaria isso de escola, pois se fosse,os primeiros a ocupar os bancos das praças seriam os filhos do povo que colocamos no poder com o intuito de fazerem algo de melhor para os excluídos.

No entanto,lutam por si próprios para que sempre tenham mais e mais, enquanto a rua continua sendo a escola, dura, na vida de milhares de pessoas...

O dinheiro não compra tudo

A quem pense que o dinheiro e o poder são capazes de comprar tudo, porém, nem tudo se adquire pelo "ter" é preciso também "ser".

A felicidade, a saúde, a paz, o preenchimento interior e o amor, por exemplo, são fatos concretos que o dinheiro não pode pagar. Em tempos atrás, eles eram até considerados como formação básica de algumas famílias, mas o tempo foi passando e os valores também foram tomando outro rumo.

Como consequência, o homem vive em constantes lutas interiores. Por um lado, mostra-se inabalável, indestrutível, capaz de superar seus limites para possuir o desejado. Por outro lado, depara-se com a fraqueza, o medo, o stress, a depressão, a solidão, o vazio interior, a falta de amor e muitos outros, provenientes do egocentrismo.

O homem é muito mais que uma máquina de poder, de possuir, de ter, é um ser que precisa reaprender a viver a sensibilidade do amor e ter consciência de suas limitações, dando assim, o devido valor a sua capacidade de conquistas ao invés de colocar suas forças puramente no dinheiro.